domingo, 12 de setembro de 2010

As meninas, filhas de uma filha

As meninas de minha filha. Todas feitas manualmente, com lã natural nas roupas e em seu interior.
A que está mais a frente foi feita por minha filha, eu ajudei com "a cabeça": essa é tarefa das mães, orientar o que vai permear a cabeça desse ser, apenas a estrutura. Não tenho explicação racional de todas serem ruivas, cada uma nasceu num ano e sem contatos diretos, acho que é o parentesco!!! 
 Gosto muito do termo "mulherzinha", hoje estava pensando o quanto desqualificamos,tornamos pesados, temos o pior sentido de tantas palavras, não quero adjetivos.... hoje são usados como "guardanapos de papel": descartáveis em abundância.
 Mulherzinha: aquele ser doce, feminino, com sorriso terno e olhar amoroso, que transita por todos os ambientes sem perder seu foco, que é presente sem pesar, que aconchega e aninha, que não precisa "provar nem mostrar"-seus dotes intelectuais e fisicos- pois sabe quem é o que quer, que pega em sua agulha com a mesma intensidade e intimidade que maneja uma faca afiada, que gera um ser com a mesma luz que cria um poema e pinta sua sala, que está dentro e fora de casa, que chora a dor da perda mas em seguida se renova com o que está porvir; dança e sorri com a chega da chuva, com a mudança da lua, aceita uma gentileza , constroi um lar, se preciso for maneja um martelo e corta os arames, nutre, encaminha .......... nossa, são tantas palavras e tantas poesias prá descrever o que há de belo no que deveria ser eterno.
 Não é aquela "mulherzinha", mas sim a "mulherzinha"! Não é pequeno e feio, mas do tamanho real e belo.
Não sou só uma cabeça, mas tenho um coração e membros: superiores, que posso estender ao alto em súplica, agradecimento e reverência;  a frente para acolher, aninhar, construir e me amparar e; inferiores, que me levam "onde meu querer" puder; juntos sou um ser, separados não sei quem sou.....

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